Ocorreu na tarde do
dia 27/05 a atividade do Pibid na turma do 3º ano D, no colégio Estadual Padre
Palmeira. Essa atividade teve como objetivo estabelecer um acordo de
convivência entre os bolsistas, supervisor e turma. Tendo em vista desenvolver
uma relação de confiança e produção de conhecimento o mais horizontal possível,
propusemos uma roda dialógica, onde todos opinassem sobre quais os
comportamentos e atitudes deveriam ou não ser evitadas durante o período da
atividade. No início da atividade, escrevemos no quadro o seguinte binômio: Pode/ Não pode.
Os pontos em que
todos estiveram de acordo foram sobre a forma de tratamento e respeito uns para
com os outros: atitudes como formas pejorativas (xingamentos) e qualquer tipo
de bullying não seriam admitidos, de quem quer que fosse. Com
efeito, houveram pontos que exigiram uma maior discussão. Um deles foi
referente ao uso do aparelho celular. Quando os bolsistas colocaram como um
comportamento prejudicial ao andamento da atividade, os estudantes ponderaram
que em determinados casos como problemas de saúde na família ou mesmo para fins
de pesquisa na internet voltada para a atividade, o aparelho de celular deveria
ser permitido, entre outros pontos discutidos em sala.
Um ponto importante
que foi discutido na parte das obrigações mútuas: os estudantes cobraram a
liberdade de sair da sala de aula sem ter que pedir a permissão, posição
claramente contra a metodologia que começa nas séries iniciais e que persiste
até o ensino médio. Eles se comprometeram em utilizar dessa liberdade com
responsabilidade, se ausentando apenas quando necessário. Também houve um
pedido da turma para que os modelos das atividades não obedeçam ao padrão
tradicional de aula, e que pudéssemos trazer novas metodologias e inclusive
pensar o ambiente de construção de conhecimento para fora dos limites do
colégio.
Por fim, aplicamos a dinâmica do barbante que teve como norte a
escola como um direito ou dever. Dentro do que já foi discutido anteriormente
pela supervisora Deise, os estudantes tiveram que estabelecer um paralelo entre
a experiência de ensino formal e a perspectiva do acesso à educação pública,
gratuita e de qualidade como um direito e a partir disto, analisar se de fato a
escola era de fato um direito, ou apenas uma obrigação ou antes um meio
necessário e bastante desestimulante para o ingresso no mercado de trabalho. É preciso ressaltar que esse fio condutor rendeu uma rica discussão
e debate nós e os estudantes. Esperamos que essa atividade tenha sido um marco
na relação entre bolsistas e turma, e que possamos relatar em breve os bons
frutos que a convivência sadia e de respeito venham a produzir em termos de
atividades.