No dia 03/06/2015, fizemos (Taiala e Louise)
uma intervenção nas turmas do 3º ano “F” e “B” do colégio estadual Teixeira de
Freitas, a respeito do tema “criminalização da periferia”. Com o intuito
introduzir o assunto, primeiramente questionamos os alunos sobre quais deles
consideravam que moravam em bairros periféricos e quais não, e por quais
motivos eles chegaram a essa conclusão. A partir das respostas buscamos
compreender e comparar o que os alunos entendem como periferia, apresentar os
vários possíveis conceitos que a define. Foi observado que muitos deles
associam a periferia à pobreza, violência e ao tráfico.
Para entrar em confronto com essa visão,
apresentamos cartazes com fotos de lugares muito organizados e bonitos e
pessoas de sucesso, tendo ao lado das imagens alternativas com nomes de bairros
de Salvador, para que os alunos respondessem em qual deles estava localizado
tais lugares, ou de onde vieram tais pessoas. Diferentemente do que imaginavam,
todas as fotos retratavam lugares e pessoas de algumas periferias de Salvador, o
que causou surpresa e estranhamento por parte deles. No final, os cartazes
foram colados nas salas com o título “A periferia também tem!”. O objetivo foi
mostrar as possibilidades e a verdadeira realidade que existe nos bairros
periféricos, gerando assim uma profunda reflexão.
Já nas turmas “A” e
“E”, elaboramos (Marineide e Rosângella) slides a partir de trechos do documentário
“Notícia de uma Guerra Particular” que seriam exibidos na Sala de Vídeo da
Escola.
Como uma das turmas
estava com horário vago, foi sugerido que juntassem as duas turmas para melhor
aproveitamento do tempo. Porém, por problemas técnicos nos equipamentos, não
foi possível realizar a atividade na Sala de Vídeo, visto que o tempo foi
insuficiente para sanar tais problemas. Sendo assim, como o horário da turma do
3º Ano E já tinha se esgotado, resolvemos então aplicar a atividade na turma do
3º Ano A na própria sala de aula, usando apenas o notebook para passar os
slides e tentamos ainda exibir alguns trechos do documentário.
Os alunos participaram ativamente. Em alguns
momentos houve embates a respeito do assunto, o tema preconceito racial também
entrou em pauta e alguns alunos, principalmente no 3º ano A e B, defenderam as
periferias, relatando casos de injustiça e preconceito com as mesmas.