Na última terça-
feira, 22 de setembro, os bolsistas do turno vespertino tiveram o primeiro
encontro com a turma do 2ºano D. Foi um momento de muita descontração, sentamos
todos em círculo, e fizemos uma breve apresentação do PIBID para os estudantes.
Depois cada um foi se apresentando, a turma falou sobre gostos pessoais, e
cursos nos quais pretendem ingressar, futuramente, na faculdade; assim os estudantes
puderam saber um pouco mais a respeito dos bolsistas e vice- versa. Lanchamos
juntos, e durante esse período alguns alunos aproveitaram para tirar dúvidas sobre
os cursos de graduação oferecidos pela Ufba.
Utilizamos
a metodologia da roda de conversa pela percepção de que “a roda tem como
principal característica a abertura para o novo, promovendo o encontro e a
integração igualitária de todos os participantes” (OSTETTO, 2009).
A
supervisora, Deise, fez a mediação desse processo de aproximação, e ressaltou,
para a turma, as trajetórias de cada um dos bolsistas, afirmando que a maioria
destes veio do ensino público básico, e que nem por isso deixaram de conseguir
ingressar em uma universidade pública, apesar das dificuldades. É válido
ressaltar que os estudantes foram bastante receptivos, e que este foi um
momento ímpar, pois foi o primeiro passo dado em direção a uma construção de um
relacionamento de trocas. A turma é relativamente pequena, com a faixa etária
entre 16 e 21 anos, o que proporciona um maior vínculo entre eles.
Em suma, a atividade
nos deixou bastante empolgados com a recepção dos estudantes ao PIBID, e
nos sugere permanecer com a proposta da utilização do círculo, pois
“mais do que fazer a
roda e chamar para o encontro, por si só já uma ação carregada de simbolismo,
entra em jogo o exercício de uma atitude e um pensamento circulares. Pensar circularmente
significaria não pensar em linha reta, na afirmação da verdade, da única voz,
do conhecimento absoluto. Significaria abrir-se ao diálogo, ao acolhimento da
dúvida e da diversidade, à construção de múltiplos enredos afirmados no
encontro das singularidades de crianças e adultos, de alunos e professores. Não
uma técnica, procedimento metodológico, mas um modo de agir, de ser, de
acolher”(OSTETTO, 2009).
É fundamental reafirmar, além do
compromisso com a preparação dos estudantes para o ensino superior, a
importância do diálogo e do processo de aprendizagem mútua entre os estudantes
e o professor, e nesse caso, também os bolsistas do PIBID. Com a participação
da turma do 2ºD nas atividades do PIBID teremos a oportunidade de trabalhar com
o tema: Estado, participação política e democracia, ampliando dessa forma, a
experiência do PIBID nessa escola.
Referências:
OSTETTO, Luciana Esmeralda. Na dança e na
educação: o círculo como princípio. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 35,
n. 1, p. 165-176, jan./abr. 2009.