7 de set. de 2015

Postado por PIBID Sociologia UFBA
| segunda-feira, setembro 07, 2015
Larissa Lima Santos
Leonardo Lima Santos
Pedro Fragoso Costa Júnior
Rômulo Iago de Jesus e Santos
Thiago Neri















Encerrando a segunda unidade letiva do terceiro ano do ensino médio do turno noturno, no dia 13 de agosto de 2015, os licenciandos do Pibid voltaram à sala de aula com a atividade que tinha como tema “os três poderes da democracia”. Desse modo, o grupo do colégio fechou uma sequência didática que começou com “formas de governo”, caminhou para “democracia direta e indireta” e finalizou com essa atividade.
Montesquieu, na obra Espírito das leis, estabeleceu que a separação em três poderes independentes, executivo, legislativo e judiciário; e com o mesmo poder, para que um possa contrapor o outro; como condição para o Estado de direito. Sendo que, cada um dos poderes seria também interdependente, pois cada um depende do outro para que o governo consiga avançar em suas pautas. A democracia brasileira segue essa dinâmica estabelecida por Montesquieu e é exatamente ela que estava em questão na atividade feita em sala de aula.
A intervenção começou relativamente no horário. Demos início a atividade: dividimos os educandos em quatro grupos com uns cinco ou seis alunos e alunas, entregamos os cartazes e as dicas dos três poderes cortadas em faixas de papel ofício para discutirem e colarem. Esta parte durou uns trinta minutos. Essa atividade foi interessante porque uma boa parte dos educandos participaram. Os alunos e alunas discutiram bastante. Nós ficávamos tentando auxiliar os grupos, andando de um para o outro, mas sem falar o fundamental. Não poderia fazer consulta nos cadernos. Nós provocávamos os educandos quando eles perguntavam as respostas.
Os grupos demonstravam algum receio em começar a colar as dicas, buscavam a todo o momento uma resposta dos bolsistas de que estariam indo bem. Essa indecisão dos grupos em relacionar aas dicas às colunas correspondentes acabou extrapolando o tempo estimado para esse momento da atividade.
Em seguida, fechamos esta parte e pedimos para os alunos e alunas opinarem sobre o que acharam da atividade, das dificuldades, curiosidades etc. Dessa vez poucos quiseram falar. Alguns falaram sobre as dificuldades, outros falaram que não sabiam um ou outro aspecto dos poderes. Muitos estudantes mostraram que tem certa dificuldade em entender as funções de cada um dos poderes, principalmente as funções do judiciário. Pôde-se notar que os estudantes tentaram sempre simplificar as funções dos poderes a “Um cria lei pro outro executar e o outro julgar se está certo”.













O conhecimento da turma acerca do tema estava regular, percebi algumas vezes que a desatenção na interpretação do enunciado e uma busca para concluir rapidamente a atividade prejudicaram nas análises e conseqüentemente na escolha correta das colunas.[...] Tentamos eu e o Leonardo, trazer exemplos simples e que são destaque nos noticiários dos últimos meses para demonstrar na prática algumas dessas características. Num momento um  aluno questionou sobre a nomeação dos ministros, e como a população caso não concordassem com a escolha teria a possibilidade de intervir na decisão. Leonardo trouxe o exemplo da nomeação da Kátia Abreu que gerou polêmicas e mobilizações de movimentos  sociais na época, mostrando que  a população por mais que não concorde com a delegação do cargo não possui  meios diretos para intervir em casos desse  tipo,podem sim pressionar o governo sendo que muitas vezes conseguem somente expressar sua indignação. (Pedro, licenciando Sociologia)

Ao finalizar a discussão, os licenciandos voltaram a passar o questionário avaliativo sobre o tema e a dinâmica da atividade. Dezoito questionários foram respondidos e com base nessas respostas, pode-se notar:
1)      A maioria dos estudantes considerou o tema da atividade muito importante com apenas um estudante respondendo que a temática era importante, a maioria também considerou sua própria participação e a de seus colegas como boa.
2)      Os estudantes apontaram que seu entendimento sobre política está entre péssimo e bom, sendo que a maioria achou regular e apenas um achou bom. A maioria também pontuou que a atividade mostrou que o conhecimento deles estava de acordo com o que a atividade pedia.
3)      A maioria apontou que não houve falhas durante a atividade e que a orientação dos monitores, desde a explicação da atividade até o auxílio na elaboração dos cartazes, foi ótima.
4)      A maioria dos estudantes marcou que o poder Judiciário chamou mais a atenção deles e que a atividade fez com que a visão deles sobre a importância da política melhorasse.


Eles pontuaram que a atividade foi boa, mas consideraram as dicas difíceis. Comentaram que a atividade mostrou para eles o que toda população deveria saber, mas não sabem e pontuaram o judiciário como o dos três poderes mais difícil de conhecer e saber como funciona e em consequência o que mais despertou a atenção deles (Gráfico I).

   Gráfico I: Qual dos três poderes mais te chamou atenção?

Contudo, creio que levar a discussão sobre os três poderes para sala de aula foi bastante importante, e as discussões no grupo ajudaram a facilitar a compreensão da divisão dos poderes na democracia (Gráfico II). E foi perceptível o entendimento dos estudantes sobre as funções de cada um dos poderes.
Gráfico II: Com relação à importância da política, sua opinião:

É válido ressaltar que o questionário é um instrumento eficaz e importante na avaliação das atividades do PIBID. Com ele, conseguimos, mesmo que minimamente, saber os resultados da atividade, em modo geral, pontuar as falhas e as sugestões. No questionário de avaliação da atividade, os estudantes, em sua maioria, afirmaram que a discussão sobre os três poderes é muito importante (Gráfico III).

Gráfico III: Com relação à discussão sobre os três poderes, você considera?

Fomos relativamente bem, mas houve uma indecisão de quem iria começar (sendo que combinamos antes), porém, de modo geral, acho que foi dentro da media. No meu caso, esqueci alguns elementos que iria falar: poucos. Mas, percebi que precisaria melhorar a percepção da conexão dos elementos do assunto. Falamos e depois fechamos a intervenção com o questionário avaliativo. Pedro levou o questionário para tabular as respostas.( Leonardo, licenciando Sociologia)


“O começo de uma trajetória profissional exige esforço, perseverança e superação dos medos mais diversos” (FIGUEIROA, 2013). E o supervisor e bolsistas do PIBID subprojeto de Sociologia são fundamentais nesse processo de superação, a partir do companheirismo que foi criado na equipe do CEMPA em que favorece o crescimento coletivo.

REFERÊNCIAS:


·       BRAGA, Maria do Socorro Sousa; INÁCIO, Magna Maria. Partidos, eleições e governo. Sociologia: ensino médio / Coordenação Amaury César Moraes. - Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2010. 304 p.: il. (Coleção Explorando o Ensino; v. 15).
·   COSTA, Rosane Mayara Andrade; MORAES, Cinara Aparecida de; JÚNIOR, José Gonçalves Teixeira. O uso do lúdico em sala de aula – um jogo confeccionado com materiais alternativos. Faculdade de Ciências Integradas do Pontal – Universidade Federal de Uberlândia. XVI Encontro Nacional de Ensino de Química e X Encontro de Educação Química da Bahia. 2012.
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      FIGUEIROA, Natália Lima. Sobre tornar-se docente: uma trajetória perpassada pelo programa institucional de bolsas de iniciação à docência. PIBID: memórias de iniciação à docência. Orgs: RAMALHO, José Rodorval; ALMEIDA E SOUZA, Rozenval de. Campina Grande: Editora da UFCG, 2013.
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       JÚNIOR, João Feres; POGREBINSCHI, Thamy. Democracia, cidadania e justiça. Sociologia: ensino médio / Coordenação Amaury César Moraes. - Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 2010. 304 p.: il. (Coleção Explorando o Ensino; v. 15).
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    NICOLAU, JAIRO. O sistema eleitoral de lista aberta no Brasil. Dados. Vol. 49, nº 4. Rio de Janeiro, 2006.
·       
        WEFFORT, F. Os clássicos da política vol. 1. 13 ed. São Paulo: Ática, 2000.