15 de nov. de 2014

Postado por PIBID Sociologia UFBA
| sábado, novembro 15, 2014
Numa sexta-feira, dia 08 de agosto, 2014 realizamos uma atividade no formato de oficina no Colégio Estadual David Mendes Pereira, sob a supervisão da professora responsável Roberta Yoshimura, esta teve como objetivo dar um fechamento a um ciclo de intervenções sobre Cidadania. 

 
         A oficina de Turbantes surgiu através de uma proposta do bolsista Rubens Ferreira com a finalidade de discutir sobre questões étnico-racial e estética afro-brasileira. Contamos nesse dia com toda equipe de bolsistas do David Mendes, a supervisora e Valdiele Lima faz um trabalho em salvador sobre Turbante como estética afro-brasileira, que foi contribuir com a oficina, marcamos para iniciar a atividade às 9 horas e utilizarmos o auditório, contudo tivemos dificuldade de encontrar o único funcionário responsável por abrir as salas e levar equipamentos de audiovisual, pois ele realiza outras atividades na escola e o mesmo estava ocupado, por esse motivo não conseguimos iniciar a atividade no horário combinado. 

       Fomos ao auditório que fica no terceiro andar e instalamos os equipamentos e tivemos uma última conversa pra acertarmos os últimos detalhes da oficina, enquanto isso foram chegando os alunos do primeiro ano e sentaram do lado esquerdo do auditório, posteriormente os alunos de duas turmas do terceiro ano se sentaram do lado direito, não havia comunicação entre os estudantes do primeiro e terceiro ano, contudo a atividade fluiu sem tensões entre estes. Roberta pegou o microfone e reapresentou os bolsistas Pibid: Lays, Lucas, Frederico, Rubens e Mardson, posteriormente Valdiele, o fato dela não ser do Pibid de sociologia, nem estudante de Ciências Sociais foi bem interessante, pois parece que nestes 5 anos de PIBID foi a primeira atividade que incluímos pessoas que não é de nossa área pra um diálogo com os estudantes, acredito que após o sucesso desta intervenção precisamos avaliar a possibilidade de incluirmos nas nossas intervenções a fim de enriquecê-las, pessoas de outras áreas da academia, como também dar voz a indivíduos de grupos sociais que são minorias, a fim de que os estudantes possam ter uma formação cidadã. 




       Rubens iniciou a oficina questionando para os alunos o que seria ser negro atualmente no Brasil? E numa dobradinha com Valdiele discutiram durante uns 15 minutos sobre a história do turbante e como ele é utilizado em alguns países, posteriormente debateram a estética negra e como o aumento do uso dos turbantes especificamente em Salvador tem contribuído para autoestima dos negros e negras, nesse processo citaram o Ilê como um dos precursores destes movimentos em Salvador e Negra Jô como umas das figuras conhecidas da população atualmente. Após a exposição teórica perguntaram se algum estudante já tinha utilizado turbante, de um universo de 65 estudantes somente duas meninas levantaram a mão, estavam todos atentos a exposição teórica, inclusive a mesma ocorreu sem interrupções apesar do auditório está bem cheio, muitos como foi recomendado pelos bolsistas nos grupos do colégio no Facebook haviam levado lenço ou canga para utilizar na confecção dos turbantes. 

       Valdiele iniciou a oficina fazendo uma amarração na professora Roberta, posteriormente após pressão dos alunos foi colocado na frente para próxima amarração o professor Sergio de geografia, que também se encontrava no auditório, após estes dois modelos vários meninos e meninas pediram para Valdiele e Rubens colocarem turbantes neles também, após atender algumas pessoas decidiram tentar fazer um passo a passo para que os estudantes pudessem acompanhar e aprender tipos diferentes de amarrações. Como a atividade iria terminar no intervalo e posteriormente teria comemorações do dia do estudante, extrapolamos o tempo planejado para oficina, pois houve um entusiasmo dos estudantes com isso a participação foi de 99% deles, assim terminamos a oficina com aplausos dos estudantes e pedidos de que fosse feito outra oficina.