Numa sexta-feira, dia 08 de agosto, 2014
realizamos uma atividade no formato de oficina no Colégio Estadual David Mendes
Pereira, sob a supervisão da professora responsável Roberta Yoshimura, esta
teve como objetivo dar um fechamento a um ciclo de intervenções sobre
Cidadania.
A oficina de Turbantes surgiu através de uma proposta do bolsista
Rubens Ferreira com a finalidade de discutir sobre questões étnico-racial e
estética afro-brasileira. Contamos nesse dia com toda equipe de bolsistas do
David Mendes, a supervisora e Valdiele Lima faz um trabalho em salvador sobre
Turbante como estética afro-brasileira, que foi contribuir com a oficina, marcamos
para iniciar a atividade às 9 horas e utilizarmos o auditório, contudo tivemos
dificuldade de encontrar o único funcionário responsável por abrir as salas e
levar equipamentos de audiovisual, pois ele realiza outras atividades na escola
e o mesmo estava ocupado, por esse motivo não conseguimos iniciar a atividade
no horário combinado.
Fomos ao auditório que fica no terceiro andar e
instalamos os equipamentos e tivemos uma última conversa pra acertarmos os
últimos detalhes da oficina, enquanto isso foram chegando os alunos do primeiro
ano e sentaram do lado esquerdo do auditório, posteriormente os alunos de duas
turmas do terceiro ano se sentaram do lado direito, não havia comunicação entre
os estudantes do primeiro e terceiro ano, contudo a atividade fluiu sem tensões
entre estes. Roberta pegou o microfone e reapresentou os bolsistas Pibid: Lays,
Lucas, Frederico, Rubens e Mardson, posteriormente Valdiele, o fato dela não ser do
Pibid de sociologia, nem estudante de Ciências Sociais foi bem interessante,
pois parece que nestes 5 anos de PIBID foi a primeira atividade que incluímos
pessoas que não é de nossa área pra um diálogo com os estudantes, acredito que
após o sucesso desta intervenção precisamos avaliar a possibilidade de incluirmos
nas nossas intervenções a fim de enriquecê-las, pessoas de outras áreas da
academia, como também dar voz a indivíduos de grupos sociais que são minorias,
a fim de que os estudantes possam ter uma formação cidadã.
Rubens iniciou a
oficina questionando para os alunos o que seria ser negro atualmente no Brasil?
E numa dobradinha com Valdiele discutiram durante uns 15 minutos sobre a
história do turbante e como ele é utilizado em alguns países, posteriormente
debateram a estética negra e como o aumento do uso dos turbantes
especificamente em Salvador tem contribuído para autoestima dos negros e negras,
nesse processo citaram o Ilê como um dos precursores destes movimentos em
Salvador e Negra Jô como umas das figuras conhecidas da população atualmente.
Após a exposição teórica perguntaram se algum estudante já tinha utilizado
turbante, de um universo de 65 estudantes somente duas meninas levantaram a
mão, estavam todos atentos a exposição teórica, inclusive a mesma ocorreu sem
interrupções apesar do auditório está bem cheio, muitos como foi recomendado
pelos bolsistas nos grupos do colégio no Facebook haviam levado lenço ou canga
para utilizar na confecção dos turbantes.
Valdiele iniciou a oficina fazendo
uma amarração na professora Roberta, posteriormente após pressão dos alunos foi
colocado na frente para próxima amarração o professor Sergio de geografia, que
também se encontrava no auditório, após estes dois modelos vários meninos e
meninas pediram para Valdiele e Rubens colocarem turbantes neles também, após atender
algumas pessoas decidiram tentar fazer um passo a passo para que os estudantes
pudessem acompanhar e aprender tipos diferentes de amarrações. Como a atividade
iria terminar no intervalo e posteriormente teria comemorações do dia do estudante,
extrapolamos o tempo planejado para oficina, pois houve um entusiasmo dos
estudantes com isso a participação foi de 99% deles, assim terminamos a oficina
com aplausos dos estudantes e pedidos de que fosse feito outra oficina.