RELATÓRIO DE INTERVENÇÃO
Temas: Síndrome de burnout e bullying
Objetivo: Familiarizar os alunos da turma do 2º ano a respeito dos temas acima referidos
Estratégia: A turma foi dividida em quatro grupos a parir de quatro cartões que estampavam os sociólogos Durkheim, Herbert de Souza (Betinho), Marx e Ruth Cardoso. Alunos e alunas agruparam-se a partir desses cartões. A divisão a partir dos cartões teve como objetivo provocar a mistura do grupo cuja divisão é notória. Em grupos monitorados pelo Prof. Pedro e pelos bolsistas, os textos (um tema para cada dois grupos) foram lidos e discutidos. Ao final da leitura e discussão, relatores de cada grupo foram à frente da turma a fim de divulgarem suas conclusões a partir das duas questões propostas: “de que forma a violência se apresenta no CEP em forma de bulllying?”; e “vocês acham que os professores do CEP podem ser vítimas desse tipo de violência?”
Grupos: Karl Marx e Ruth Cardoso – burnout.
Associaram a síndrome ao desrespeito que professores e funcionários da escola são tratados. Falaram da experiência de professores que às vezes chegam à sala de aula e os alunos não dão a mínima importância. A aluna relatora citou a própria mãe que trabalha em uma escola do bairro de Praia Grande, é uma escola com mais de três mil alunos e ao chegar a casa após um dia de trabalho está exausta e desmotivada. A aluna completou que fora do ambiente de trabalho ou em dias de folga, a mãe é uma pessoa totalmente diferente, é legal, divertida. Outra aluna fez referência ao pai que é motorista de ônibus e age de maneira parecida com a mãe descrita antes.
Ao responderem as perguntas propostas citaram a professora X que é desrespeitada. Disseram que a síndrome de burnout pode ser causada em toda a comunidade escolar. Cobraram respeito dos alunos e alunas. Cobraram a aplicação da EDUCAÇÃO DOMÉSTICA na sala de aula. Disseram que às vezes, a própria desestrutura da sala de aula provoca situações estressantes, sinalizando para a falta de recursos, sujeira e indisciplina como as mais graves.
Grupos: Betinho e Durkheim – bullying.
Para o grupo o bullying se apresenta na forma de apelidos grosseiros que levam a pessoa a querer se excluir, a questionar a própria aparência. Sinalizou também para o desrespeito das pessoas diante da opção sexual dos colegas, “ninguém tem o direito de questionar a opção sexual dos outros”. Para exemplificar o que gera a violência usou a própria física – para toda ação cabe uma reação! Uma pessoa agredida responde com agressão. Os trotes também causam constrangimentos. Conclamaram a turma do 2º ano a refletir sobre as próprias atitudes, cobraram respeito recíproco.
Iniciaram a fala dizendo que os homens são diretos na provocação e que as mulheres provocam por meio de fofocas. Disseram que o ofensor não tem noção do sofrimento que causa! Disseram que o bullying no CEP se apresenta através da pressão reprimida que a pessoa sente. Apontaram as pessoas retraídas, tímidas como as que mais sofrem bullying. As pessoas menos populares são as mais atacadas por atos de violência. Disseram que o praticante de bullying na verdade quer chamar atenção sobre si.
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