21 de jan. de 2015

Postado por PIBID Sociologia UFBA
| quarta-feira, janeiro 21, 2015
A última atividade do PIBID de Sociologia no Colégio Estadual Odorico Tavares em 2014 abordou a temática sobre “A descriminalização das drogas”, e se inseriu no quadro mais geral dos temas abordados na quarta unidade, “Crime e Violência”. Esta última atividade foi escolhida pelos próprios estudantes, através de uma enquete ocorrida no grupo da disciplina de Sociologia no Facebook.

A atividade ocorreu na primeira semana do mês de Dezembro de 2014, nos dias 03 a 05, com as turmas 3M3, 3M4, 3M5 e3M7, e contou com os(as) bolsistas: Bárbara Caroline, Lícima Barbosa, Pedro Fragoso, Rithiane Almeida, Rômulo Iago Santos e Taiala Águilan.



Tendo como estratégia norteadora a discussão sobre o que seria considerado droga nas sociedades ocidentais, bem como aquilo que é considerado “lícito”, “legal” e “ilícitos”, os(as) bolsistas buscaram guiar a atividade sob um modelo de roda de conversa, que privilegiasse as falas e visões dos estudantes acerca do tema. Assim, após a apresentação e abordagem dos conceitos elementares (o que é droga, diferenciação entre licito e ilícito e distinção entre descriminalização, despenalização e legalização), a abordagem centrou foco na desmistificação da descriminalização como sinônimo de liberalização, gerando uma empolgante participação dos estudantes no debate, demonstrando conhecimento e defendendo seus posicionamentos.

As intervenções lograram êxito em abordar com esses adolescentes uma questão polêmica e que se faz presente na atualidade, alémde interferir de modo direto na realidade deles e de toda a sociedade.




Em resumo, a atividade mostrou aos(às) bolsistas o quanto foi importante a escolha prévia dos estudantes pelo tema, pois esta decisão metodológica permitiu um maior interesse e participação dos estudantes no desenvolvimento da atividade em sala, além de, apresentar a relevância em trabalhar um tema que se faz presente na atualidade e que, apesar disso, precisa de debates mais constantes.
Postado por PIBID Sociologia UFBA
| quarta-feira, janeiro 21, 2015
A atividade sobre Bullying e violência no ambiente escolar aconteceu no Colégio Estadual Odorico Tavares nos dias 12,13 e 14 de novembro de 2014, nas turmas 3M4,3M5, 3M7 e 3M3, respectivamente. A atividade foi desenvolvida com o intuito de salientar para os alunos a nocividade e as graves consequências que a prática do bullying pode resultar para as relações e o bem-estar escolar e individual dos alunos(as).

A atividade partiu da questão de que essa prática é entendida por muitos (agressores e expectadores) como uma simples brincadeira, o que escamoteia a perniciosidade do fenômeno em ambiente escolar. Participaram dessa atividade os bolsistas Lícima Santos, Barbara Carolina, Pedro Fragoso, Rithiane Almeida, Rômulo Santos e Taiala Águilan, que foram divididos em duplas para que pudessem executar a atividade em turmas e dias específicos, atingindo assim uma maior abrangência de público.



De início foram apresentados os conceitos de bullying e o modo como e onde ocorre (com destaque para o ambiente escolar), e o porquê da reprodução dessa prática. Em seguida apresentamos as denominações dos indivíduos envolvidos no bullying e qual o tipo ideal das vítimas mais comuns, bem como a forma que as mesmas lidam com o fenômeno e as influências que ele traz para os comportamentos dessas vítimas no cotidiano e, sobretudo, no ambiente escolar – onde ocorre com mais frequência.

Para comentar melhor o tema, e salientar ainda mais a gravidade da prática do bullying, levamos vídeos relacionados a casos reais que tiveram destaque na mídia, como, por exemplo, “o massacre de Realengo” (https://www.youtube.com/watch?v=Db07lOKZ9AU) e o caso do garoto Zangief (https://www.youtube.com/watch?v=eNuPFeAC02w).  Com isso sugerimos que os alunos contribuíssem com seus posicionamentos sobre o bullying e foram incentivados a compartilharem medidas que eles julgassem eficazes para minimizar esses eventos, elevando a importância do papel da escola e da família nesse sentido.




A atividade resultou numa reflexão profunda dos alunos sobre o bullying, chegando a refletir até mesmo sobre algumas “brincadeiras” no ambiente escolar – que eram consideradas “inofensivas”, e despertou um olhar crítico do que eles entendiam por “brincadeiras inofensivas”, inclusive algumas cometidas através das novas tecnologias (Facebook, Ask.com, WhatsApp etc.). Os bolsistas ficaram satisfeitos com a execução dessa atividade, pois os alunos se sentiam à vontade para reconhecer seus comportamentos com os colegas e vice-versa, e por tratarmos de um assunto que é a realidade dos estudantes, sendo algo de consequências graves e que não recebe a necessária atenção da escola.
Postado por PIBID Sociologia UFBA
| quarta-feira, janeiro 21, 2015
Inspirados por uma atividade realizada em Junho pelo Pibid de Sociologia da UFBA no Colégio Estadual Mestre Paulo dos Anjos, os bolsistas do Colégio Estadual Odorico Tavares foram ao colégio discutir, dentro do tema da unidade, “Movimentos Sociais e Cidadania”, o fenômeno do Rolézinho. A atividade ocorreu nos dias 22 e 23 de outubro de 2014, com as turmas 3M2 e 3M7.

A intervenção foi dividida em duas etapas. Na primeira, os bolsistas relembraram aos estudantes os conceitos e dimensões que envolvem a noção de cidadania e participação em movimentos sociais. Foram discutidos os direitos civis, políticos e sociais; os tipos de movimentos sociais e seu processo constitutivo.



A segunda etapa foi desenvolvida através de que apresentavam o contexto e o andamento do fenômeno do Rolézinho, desde seu surgimento em São Paulo até as manifestações em diversas áreas do país. A partir deste ponto, os bolsistas trouxeram para a discussão o questionamento se o Rolézinho pode ser considerado movimento social ou não.

Em seguida, os estudantes argumentaram a favor ou contra a ideia de Rolézinho como movimento social, utilizando como parâmetro pra discussão os conteúdos, conceitos e dimensões apresentados anteriormente. A principal alegação favorável a questão levantada sobre Rolézinho como movimento social foi que “os participantes do rolézinho estavam lutando por uma demanda que era a de usar os espaços da cidade para se reunirem”; Por outro lado, a principal alegação desfavorável era que “o rolézinho não visou hora nenhuma uma mudança ou transformação social”. Os vídeos foram usados como exemplo nas argumentações também: “Eles disseram que queriam freqüentar os shoppings, mas ficaram felizes e calados depois que tiveram o evento na favela lá”.



As discussões foram ricas, mas outra vez a falta de tempo foi a vilã do fechamento da atividade. Novamente os cinqüenta minutos de aula se mostraram insuficientes para o fechamento da intervenção na cadência que ela foi desenvolvida, e, por isso, as atividades acabaram invadindo o tempo da aula posterior, levando as discussões a serem interrompidas. Com isso, gerou-se também um problema para os bolsistas, que acabaram chegando tarde em seus compromissos acadêmicos devido ao atraso gerado por esse problema.

Em suma, a atividade alcançou seus objetivos e trouxe a discussão de cidadania e movimentos sociais para uma realidade bem próxima dos estudantes, levantando questionamentos que os fizeram refletirem sobre o conteúdo apresentado em sala de aula, demonstrando assim que a Sociologia é bem mais próxima e útil do que eles achariam até então.

Links dos vídeos utilizados na atividade:

Profissão Repórter Rolezinhos do Funk Matéria Completa 22/04/2014*: 

http://www.youtube.com/watch?v=m-ra8K0Hadc

Jovens Que Criaram Rolezinho Se Surpresos Com Tanta Repercussão*:

5 de jan. de 2015

Postado por PIBID Sociologia UFBA
| segunda-feira, janeiro 05, 2015
A terceira unidade do Colégio Estadual Odorico Tavares, de tema Política, cidadania e movimentos sociais buscou ampliar o conhecimento dos estudantes acerca do sistema político brasileiro. Aliada ao contexto eleitoral no qual o país estava imerso – além das polêmicas e questões que tal contexto suscita, a unidade se configurou em uma situação oportuna para que o PIBID Sociologia desenvolvesse uma sequência didática que envolvesse a temática.

Planejamos então três atividades: a primeira versaria sobre o que é um sistema político, no sentido de trazer a experiência histórica de sistemas políticos brasileiros. Em seguida, a segunda atividade objetivava apresentar criticamente aos alunos/as a composição de nosso sistema eleitoral e as implicações para a organização e o sistema partidários. Por fim, a culminância seria a execução de uma eleição, com os partidos (e coligações) elaborados ao longo das duas atividades anteriores, com seus devidos programas e propostas, para uma apreensão prática - e lúdica dos processos que envolvem o sistema político, eleitoral e partidário do País.



Tanto na primeira como na segunda atividade, houve uma lapidação, no sentido de apurar os devidos enfoques a serem dados, pois devido a densidade dos temas a serem apresentados e a participação dos alunos, principalmente quando foram trazidas as informações sobre presidencialismo de coalizão e sobre as coligações, o tempo se mostrou insuficiente para a execução plena da atividade como havia sido idealizado no planejamento. Na primeira atividade, executada nas turmas M2, M7, M3 e M5, trazer os conceitos dos tipos de sistema políticos (parlamentarismo, presidencialismo e semipresidencialismo) e localizá-los enquanto experienciados na história do Brasil, até chegar à atualidade e especificidade do sistema político brasileiro foi bastante interessante, pois permitiu que os alunos fossem construindo conjuntamente os conceitos, e puderam pensá-los na prática política.

Na segunda atividade, executada às vésperas da eleição, a sala estava realmente envolvida, e bastante atenta, e no momento que foi pautada a temática de coligações, e como elas funcionam, a participação foi intensa e bastante produtiva. Todavia, com isso não conseguimos, em nenhuma das turmas, conduzir a atividade até a explicitação do sistema partidário e da organização partidária da maneira ensejada no momento do planejamento.

Desse modo, optamos por alocar a atividade de sistema partidário para uma terceira atividade e a eleição, sendo a quarta. Mas, infelizmente, não pudemos elaborar nenhuma das duas. Infelizmente, devido ao calendário eleitoral, que suspende as aulas 48h antes das eleições para entrega dos colégios públicos ao Tribunal Superior Eleitoral, e as aulas de Sociologia ocorrerem às sextas feiras.



Por esse motivo, não teríamos como balancear o conteúdo em todas as turmas para poder finalizar com a eleição, o que causou-nos frustração. Entretanto, por mais que não tenhamos concluído como havíamos planejado, provavelmente por carregar em demasia os conteúdos sem mensurar o tempo e pautar a participação massiva que o tema iria engendrar - falha já avaliada e corrigida nos planejamentos subsequentes - foi bastante enriquecedor trazer uma temática densa, mas extremamente prática e urgente para a aguzidação da consciência crítica dos estudantes.